quinta-feira, 19 de maio de 2011

Where the streets have no name

Onde as ruas não têm nome é onde eu me quero encontrar contigo. Só tu e eu. Mais ninguém.
Não precisamos de dizer onde estamos até porque nós próprios não saberemos, e não vamos olhar para trás à procura de pontos de referência porque o caminho de volta será o que menos importa. Se nos perdermos, melhor!

Onde as ruas não têm nome será o nosso refúgio, onde não existem moradas e ninguém nos encontrará. Esse lugar é longe do mundo e longe de tudo o que nos provoca dúvidas e incertezas.

Nessas ruas, as casas estarão caiadas de branco com portas amarelas, verdes e azuis. A calçada estará tão limpa que até nos podemos deitar nela a observar as estrelas do céu, enquanto partilhamos histórias e vivências e não haverá ninguém à janela ou a passear o cão, e muito menos se ouvirão vozes de vizinhas a trocar impressões sobre a vida daquele ou do outro.

Nessas ruas eu vou pegar-te na mão com delicadeza e até algum receio e finalmente dir-te-ei o que há tanto tempo me vai na alma.

Tu não pensarás em ninguém e eu, como sempre, só terei olhos para ti. O tempo vai parar e o único som que conseguiremos ouvir é o cantar dos pássaros no alto das árvores.

(...)

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